"O silêncio toma conta do meu ser; o pensamento perde-se na imensidão da minha incerteza; as palavras não fazem sentido; o olhar sorridente da minha consciência estremece a minha alma; o abraço carinhoso dos teus olhos desfaz-se na rotina do meu medo; a saudade lava a minha dor e o que sobrou foi a chuva dos meus olhos, o que ficou foi a metade do todo o incompleto... O indefinido. São tantas as coisas que quero escrever. Não sei se há palavras ou se as sei escolher... Acreditar nas palavras é sempre complicado. Mesmo quando ditas de forma perfeita e o olhar nos diz que nada é mais sincero do que aquilo. Mas é sempre difícil. Porque palavras toda a gente as diz. E banalizam-nas. Não pensando que as desperdiçam e que fazem com que estas percam todo o encanto que têm. E enquanto escrevo isto, vou bebendo o meu sumo de laranja com gelo e apercebo-me que vou continuar a tentar. Tentar até que as palavras ganhem o significado que outrora tiveram. Esperar até que brilhem em todo o seu esplendor. Até que sorriam, e façam sorrir. Sei que te amo e não quero que vás, sei que és uma margem perdida, mas certamente serás uma paixão que jamais será esquecida. Eu queria ter-te aqui, queria estar perto de ti."
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